terça-feira, 2 de maio de 2017

Lava-Jato: Presos faxinam e entregam marmitas para reduzir penas


O trabalho tem uma razão principal: três dias de serviço no presídio equivalem a menos um de pena cumprida. E cada livro lido e resenhado vale por quatro dias.

Para aguentar a prisão, boa parte dos presos da Lava-Jato lança mão de remédios, como antidepressivos. Muitos se ressentem da proibição das visitas íntimas, de receber a mesma comida sempre e do frio da região. Como se trata de uma cadeia que recebe pessoas com alguma doença, a direção informa que não pode permitir encontros íntimos entre presos e suas parceiras ou parceiros.

A rotina na cadeia começa cedo: às 6h30m a unidade serve um café puro ou com leite e dois pães com manteiga. Às 8h, começa o banho de sol. Depois, já às 11h, os presos retornam às celas para que, em seguida, seja servido o almoço. Eles comem dentro da cela. A marmita entra pela escotilha.

Reclamações à parte, a ala dos presos da Lava-Jato é a mais segura e habitável do CMP. Eles não têm contato algum com detentos de facções criminosas. As celas abrigam somente dois presos e têm cinco metros de comprimento por três metros de largura, uma pequena pia, um vaso sanitário (sem assento) e uma TV.

Mulheres e filhas que vão visitar os presos são obrigadas a tirar a roupa e agachar (com espelho no chão) para a verificação de que não estão levando nada em partes íntimas.

Luiz Alberto Cartaxo, diretor do Departamento de Execução Penal (Depen) do Paraná, promete que, até o fim do ano, a cadeia já deve ter abolido a revista íntima, já que deverão ser alugados 19 aparelhos de escâner corporal.

Os presos da Lava-Jato também têm direito a um horário separado de visita entre as 13h e as 17h de sexta-feira, quando o movimento é menor.

Fonte: O Globo

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